Anuário Brasileiro de Estatísticas Criminais aponta queda nos crimes violentos no período de 2004 a 2009
(Carlos Calaes - Repórter - 15/12/2010 - 14:31)
Minas Gerais apresentou significativo decréscimo nas taxas de crimes violentos entre 2004 e 2009. No ano passado, Minas registrou o menor índice de homicídios (7,1 por 100 mil habitantes) e a segunda menor taxa (0,2 por cem mil habitantes)de latrocínios (roubos seguidos de morte) entre todos estados do país. Os números refletem o investimento de R$ 5,6 bilhões em 2009 (R$ 280,51 per capita) com segurança pública no Estado, que representou um aumento de 12,3% em relação a 2008.
Em todo o país, foram investidos cerca de 47,6 bilhões em segurança pública, no ano passado, que corresponde a um aumento de 15,4% em relação a 2008. No Rio de Janeiro, os investimentos no setor, no mesmo período, foram de R$ 3,7 bilhões, valor 24.6% menor do que os R$ 4,9 bilhões investidos em 2008. O Estado de São Paulo investiu 10,1 bilhões, em 2009, valor 13,9% maior que os R$ 8,9 bilhões investidos em 2008.
Em Minas, em 2009, foram registrados 1.425 homicídios, uma queda de 33% em relação aos 2.115 registrados em 2008. Quanto aos casos de latrocínios, Minas apresentou 35 crimes, no ano passado, contra 63 em 2008, uma queda de 45%. O Estado de Mato Grosso do Sul apresentou o menor índice de latrocínios no país, 15 em 2009 contra 29 no ano anterior, uma queda de 48,8%.
Os números são do Anuário de Estatísticas Criminais, divulgado na terça-feira (14) em São Paulo, durante o Fórum Nacional de Segurança Pública.
O pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, Robson Sávio Reis Souza, chama atenção para o aumento de mais de 100%, entre 2003 e 2009, no total de despesas com a segurança pública. União, estados, Distrito Federal e municípios gastaram, aproximadamente, R$ 22,5 bilhões em 2003, valor que alcançou mais de R$ 47,6 bilhões em 2009.
Segurança pública e administração prisional custaram ao Brasil, em 2009, quase R$ 54 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões só para a administração dos presídios.
Ainda segundo Souza, algumas cidades mineiras, como Betim e Governador Valadares, apresentaram indicadores elevados de homicídios juvenis, mas dados mais recentes indicam queda também nestes dois municípios. A redução se deve aos programas de controle de homicídios juvenis (Fica Vivo!) e às áreas integradas de segurança pública, a partir de 2005.
Segundo Souza, o Anuário confirma a forte concentração de mortes por agressão (homicídios), cometidas com armas de fogo, entre jovens de 15 a 29 anos, cujas taxas são muito superiores ao índice médio da população.
Souza também fez uma avaliação sobre o Mapa da Violência no Brasil, que vem sendo desenvolvido a partir de uma pesquisa de vitimização do Crisp. Estudos preliminares mostram a delimitação do crime e apontam para a necessidade de investimentos no setor de inteligência das polícias como ponto de partida para políticas de segurança pública.
Em Minas Gerais, as principais modalidades de crimes são contra o patrimônio, em defesa da honra e atuação de gangues. Já em São Paulo, predominam o tráfico, atuação de gangues, crimes contra o patrimônio e assaltantes de bancos. O Rio de Janeiro apresenta mais tráfico de drogas, atuação de milícias e violência urbana com crimes contra o patrimônio.
(Carlos Calaes - Repórter - 15/12/2010 - 14:31)
Minas Gerais apresentou significativo decréscimo nas taxas de crimes violentos entre 2004 e 2009. No ano passado, Minas registrou o menor índice de homicídios (7,1 por 100 mil habitantes) e a segunda menor taxa (0,2 por cem mil habitantes)de latrocínios (roubos seguidos de morte) entre todos estados do país. Os números refletem o investimento de R$ 5,6 bilhões em 2009 (R$ 280,51 per capita) com segurança pública no Estado, que representou um aumento de 12,3% em relação a 2008.
Em todo o país, foram investidos cerca de 47,6 bilhões em segurança pública, no ano passado, que corresponde a um aumento de 15,4% em relação a 2008. No Rio de Janeiro, os investimentos no setor, no mesmo período, foram de R$ 3,7 bilhões, valor 24.6% menor do que os R$ 4,9 bilhões investidos em 2008. O Estado de São Paulo investiu 10,1 bilhões, em 2009, valor 13,9% maior que os R$ 8,9 bilhões investidos em 2008.
Em Minas, em 2009, foram registrados 1.425 homicídios, uma queda de 33% em relação aos 2.115 registrados em 2008. Quanto aos casos de latrocínios, Minas apresentou 35 crimes, no ano passado, contra 63 em 2008, uma queda de 45%. O Estado de Mato Grosso do Sul apresentou o menor índice de latrocínios no país, 15 em 2009 contra 29 no ano anterior, uma queda de 48,8%.
Os números são do Anuário de Estatísticas Criminais, divulgado na terça-feira (14) em São Paulo, durante o Fórum Nacional de Segurança Pública.
O pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, Robson Sávio Reis Souza, chama atenção para o aumento de mais de 100%, entre 2003 e 2009, no total de despesas com a segurança pública. União, estados, Distrito Federal e municípios gastaram, aproximadamente, R$ 22,5 bilhões em 2003, valor que alcançou mais de R$ 47,6 bilhões em 2009.
Segurança pública e administração prisional custaram ao Brasil, em 2009, quase R$ 54 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões só para a administração dos presídios.
Ainda segundo Souza, algumas cidades mineiras, como Betim e Governador Valadares, apresentaram indicadores elevados de homicídios juvenis, mas dados mais recentes indicam queda também nestes dois municípios. A redução se deve aos programas de controle de homicídios juvenis (Fica Vivo!) e às áreas integradas de segurança pública, a partir de 2005.
Segundo Souza, o Anuário confirma a forte concentração de mortes por agressão (homicídios), cometidas com armas de fogo, entre jovens de 15 a 29 anos, cujas taxas são muito superiores ao índice médio da população.
Souza também fez uma avaliação sobre o Mapa da Violência no Brasil, que vem sendo desenvolvido a partir de uma pesquisa de vitimização do Crisp. Estudos preliminares mostram a delimitação do crime e apontam para a necessidade de investimentos no setor de inteligência das polícias como ponto de partida para políticas de segurança pública.
Em Minas Gerais, as principais modalidades de crimes são contra o patrimônio, em defesa da honra e atuação de gangues. Já em São Paulo, predominam o tráfico, atuação de gangues, crimes contra o patrimônio e assaltantes de bancos. O Rio de Janeiro apresenta mais tráfico de drogas, atuação de milícias e violência urbana com crimes contra o patrimônio.
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